Deslembrado e breve,
Esqueço-me de viver.
E de cabeça-leve
Sigo, indo a arder…
E assim breve e deslembrado
Paro para me espelhar.
E para recuidar,
Às pedras sou afeiçoado.
Apanho-as:
Na vagem de um rio-selvagem,
Ou no excesso de uma floresta-recesso,
Ou no lado leste de uma montanha-agreste…
E com elas - as minhas pedras belas - a meu lado,
Da força e da razão e da resistência
Farei os alicerces e as paredes e o telhado
Da minha exsudada residência.
(manuel moraes) || 2011-09-08