quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pedras

Deslembrado e breve,
Esqueço-me de viver.
E de cabeça-leve
Sigo, indo a arder…

E assim breve e deslembrado
Paro para me espelhar.
E para recuidar,
Às pedras sou afeiçoado.

Apanho-as:
Na vagem de um rio-selvagem,
Ou no excesso de uma floresta-recesso,
Ou no lado leste de uma montanha-agreste…

E com elas - as minhas pedras belas - a meu lado,
Da força e da razão e da resistência
Farei os alicerces e as paredes e o telhado
Da minha exsudada residência.


(manuel moraes) || 2011-09-08