Ao avesso – liberta-me da meação triste e escusa
E faz-me a saudar a outra onde nada existe
A não ser o sorriso que ri por mim
Tenho diante as minhas duas glórias
A maior é ser grande em nada
A menor é ser pequeno em tudo
Uma permite-me tudo – outra leva-me a nada
Não sou de um lugar nem de outro
Saio de onde outros ficaram
Fico de onde outros saíram
Não me toma a maior multidão
Nada de tudo isto me diz nada
A não ser ouvir os ecos da própria voz – da minha
Quando estou em silêncio e abro a janela da casa – da minha
Com vista para o céu – onde me ligo às estrelas e me deixo
01.04.2016
Sem comentários:
Enviar um comentário